Publicado em: 07/11/2025
[Artigo] Competência no Atendimento do Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou derrame, é uma das doenças com maior número de mortes e de incapacitação física no mundo. A principal causa do AVC é a hipertensão arterial, que é uma “doença silenciosa”. Então, para diminuir seus impactos sobre os pacientes e familiares, foi criada na Europa, em 2016, a iniciativa ANGELS, de modo a promover em todo o mundo as melhores práticas de atendimento, a fim de diminuir a mortalidade e as sequelas deixadas pela doença. Os resultados desta iniciativa, consequentemente, são enormes. De significada abrangência humana e social.
Desde a criação da iniciativa ANGELS, estima-se que em todo o mundo foram tratados mais de 25,5 milhões de doentes acometidos pelo AVC, em cerca de 10 mil hospitais que se habilitaram a cumprir os protocolos para o atendimento dessa ocorrência. No Espírito Santo temos dois hospitais habilitados: O Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI) e o Hospital Central de Vitória. Ambos estão classificados como hospitais DIAMOND, que é grau máximo nos cuidados do AVC atribuído pela ANGELS. O HECI conquistou esta premiação neste ano, junto a outros 22 hospitais do Brasil.
Essa premiação é concedida de acordo com o desempenho apresentado pela entidade na assistência aos pacientes com AVC, inclusive considerando o tempo da intervenção médica, com o uso ou não de trombolíticos, e todo o trabalho desenvolvido em benefício do paciente pela equipe multidisciplinar. Desta forma, o hospital pode ser classificado como o ESTATUTO OURO (quando atinge até 50% das metas), ESTATUTO PLATINUM (de 50% a 75% das metas) e ESTATUTO DIAMANTE (mais de 75% das metas). Neste último, temos o grau máximo; de excelência.
A Unidade de AVC do HECI é coordenada pelo médico neurologista Dr. Waldemar Algemiro, que desenvolve um importantíssimo trabalho junto a sua competente equipe de neurologistas e profissionais multidisciplinares, durante 24 horas por dia. O resultado é uma expressiva diminuição no número de óbitos e das sequelas deixadas pela doença - inclusive muitos pacientes são recuperados plenamente, voltando a ter vida normal.
O Dr. Waldemar Algemiro, como médico ANGEL, também atua com destaque na prevenção e difusão junto à sociedade do reconhecimento dos primeiros sinais do AVC, de forma que as pessoas sejam devidamente orientadas e estejam aptas a buscar o atendimento imediato em uma unidade hospitalar habilitada, já que o tempo é fator fundamental para a utilização do trombolítico e para a sua eficácia. A janela de tempo é de até 4 horas, desde os primeiros sintomas ao tratamento.
O Dr. Waldemar orienta que os primeiros sintomas de um AVC são dados pela “fraqueza ou dormência de um lado do corpo, dificuldade na fala ou para entender o que é conversado, dor de cabeça repentina e intensa, alteração súbita na visão e perda na coordenação motora”. Segundo ele, tais sintomas nunca devem ser negligenciados, sob o risco de severas complicações que podem ser plenamente evitáveis. Daí a importância do SAMU para os primeiros socorros e o cumprimento da janela de tempo.
Outro ponto importante preconizado pela ANGELS é de que essa orientação deve ser introduzida ainda na educação fundamental, como uma estratégia de melhorar o conhecimento das pessoas sobre a questão AVC. É fato, portanto, que as cidades também devem estar preparadas. Talvez este seja o principal desafio, pois se trata de um projeto ambicioso que contempla a educação em saúde de toda uma comunidade.
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